Comprar um imóvel em Portugal envolve mais do que apenas escolher a casa certa — também exige percorrer etapas legais importantes. Uma das mais cruciais é o Contrato-Promessa de Compra e Venda, que protege compradores e vendedores antes da assinatura da escritura definitiva.
Este acordo garante os termos do negócio, descreve as responsabilidades e reduz os riscos para ambas as partes.
Neste guia, explicaremos como funciona o contrato promissório, por que ele é essencial e o que todo comprador e vendedor deve saber antes de assinar.
O que é o contrato promissório de compra e venda?
O contrato promissório de compra e venda, muitas vezes referido como “Contrato Promessa de Compra e Venda” (CPCV) em Portugal, é um acordo legalmente vinculativo entre um comprador e um vendedor em uma transação imobiliária.
Este contrato descreve os termos e condições da venda do imóvel e serve como um acordo preliminar ou pré-contratual antes da execução da escritura definitiva de venda (Escritura).
Principais características do contrato promissório de compra e venda
1. Sinal
No âmbito das transações imobiliárias em Portugal, o depósito, também conhecido como “sinal”, tem um significado particular. Ele serve como uma expressão tangível do compromisso do comprador com a aquisição do imóvel.
Este depósito é normalmente estruturado para ser uma porcentagem substancial, geralmente em torno de 10%, do preço de compra do imóvel, embora possa variar com base no acordo mútuo entre o comprador e o vendedor.
Do ponto de vista de um especialista em imobiliário, o sinal desempenha vários papéis cruciais no processo de aquisição do imóvel. Em primeiro lugar, demonstra a intenção genuína do comprador de prosseguir com a compra, garantindo ao vendedor o seu compromisso com o negócio.
Além disso, o depósito atua como uma forma de segurança financeira para ambas as partes envolvidas. Se o comprador decidir não prosseguir com a compra após a assinatura do contrato promissório, o vendedor geralmente tem o direito de reter o depósito.
Por outro lado, se o vendedor não cumprir suas obrigações e a venda não for concretizada, ele poderá ser obrigado a devolver o depósito ao comprador, muitas vezes com uma compensação adicional.
2. Condições e obrigações
O contrato essencialmente atua como um roteiro, delineando claramente as condições que devem ser cumpridas antes que a escritura definitiva de venda (Escritura) possa ser executada.
Ele fornece uma estrutura que promove a transparência e mitiga os riscos para todas as partes envolvidas. Aqui está uma análise mais detalhada da importância dessas condições:
Obtenção de financiamento
Uma das condições mais comuns é a necessidade de o comprador garantir o financiamento do imóvel. Em muitos casos, os compradores dependem de empréstimos hipotecários para efetuar a compra.
Portanto, o contrato promissório muitas vezes estipula um prazo específico para que o comprador obtenha a aprovação do empréstimo de uma instituição financeira.
Inspeções de propriedade
O contrato pode exigir que o comprador realize várias inspeções de propriedade, como avaliações estruturais, inspeções de pragas ou avaliações ambientais.
Essas inspeções têm como objetivo descobrir quaisquer problemas ou preocupações com a propriedade.
Resolução de problemas de propriedade
Se houver algum problema conhecido com a propriedade, o contrato pode descrever as etapas necessárias para abordar e resolvê-los. Isso pode envolver o vendedor concluindo os reparos ou reformas necessários antes da venda final.
3. Penalidades
A seção do contrato promissório que trata das penalidades desempenha um papel significativo em garantir a integridade e a justiça da transação.
Penalidades para o comprador
Se, por qualquer motivo, o comprador não puder ou não quiser concluir a compra do imóvel, o contrato poderá estipular penalidades.
Normalmente, isso implica a perda do depósito feito pelo comprador quando o contrato promissório foi assinado.
Obrigações do vendedor
Do outro lado da equação, se o vendedor não puder cumprir suas obrigações conforme descritas no contrato, ele poderá ser obrigado a devolver o depósito do comprador.
No entanto, este pode não ser o fim da questão. Na maioria das situações, o contrato também pode exigir que o vendedor não apenas devolva o depósito, mas também compense o comprador, potencialmente dobrando o valor, para cobrir quaisquer perdas financeiras ou inconvenientes incorridos como resultado da transação abortada.
4. Data de Conclusão
A data de conclusão é um marco fundamental e é o momento em que as promessas, compromissos e complexidades legais descritas no contrato promissório culminam, resultando na transferência oficial da propriedade do vendedor para o comprador.
Transferência legal de propriedade
A data de conclusão é o culminar de uma série de etapas, e é neste dia que a propriedade do imóvel muda formalmente de mãos.
Função do notário
A conclusão de uma venda de imóvel em Portugal normalmente ocorre em um cartório notarial. O notário desempenha um papel fundamental na supervisão da escritura de compra e venda final (Escritura).
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5. Pagamento
O processo de pagamento em transações imobiliárias é um aspeto fundamental que exige uma consideração meticulosa.
Compreender os vários métodos e nuances de pagamento é essencial para compradores e vendedores, a fim de garantir a integridade financeira da transação.
Pagamento do depósito
Uma das etapas financeiras iniciais em uma transação imobiliária envolve o pagamento do depósito. Este depósito serve como uma manifestação tangível do compromisso do comprador com a aquisição.
Em Portugal, é uma prática comum que o depósito seja pago por meio de métodos como cheques ou transferências bancárias.
Contas de garantia em Portugal
Ao contrário de alguns outros países onde as contas de garantia são uma prática comum, elas não são normalmente utilizadas em Portugal para transações imobiliárias.
Em vez disso, as transações imobiliárias de Portugal muitas vezes dependem da confiança e segurança oferecidas pelas instituições bancárias para o tratamento de transações financeiras.
O contrato promissório é obrigatório em Portugal?
O Contrato Promissório (Contrato-Promessa de Compra e Venda) não é um requisito legal em Portugal, mas é amplamente utilizado e fortemente recomendado.
Este contrato serve como uma salvaguarda para compradores e vendedores, estabelecendo as condições da venda, prazos e preço acordado antes da assinatura da escritura definitiva.
Também envolve o pagamento de um depósito, conhecido como sinal, que protege ambas as partes: se o comprador desistir, perde o depósito; se o vendedor desistir, deve devolver o dobro do valor.
Por esta razão, o contrato promissório proporciona maior segurança e tranquilidade durante a transação imobiliária.
Embora seja possível prosseguir diretamente para a Escritura Pública de Compra e Venda final sem assinar um contrato promissório, esta abordagem é menos comum e acarreta mais riscos.
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Perguntas frequentes sobre o contrato promissório
O que é um contrato promissório de compra e venda?
Um Contrato Promissório (Contrato Promessa de Compra e Venda) é um acordo legalmente vinculativo entre um comprador e um vendedor de um imóvel em Portugal. Descreve os termos e condições da venda do imóvel e atua como um acordo preliminar ou pré-contratual antes da escritura de venda final (Escritura) ser executada.
Qual é o objetivo do contrato promissório?
O principal objetivo do Contrato Promissório é estabelecer um acordo claro e legalmente vinculativo entre as partes envolvidas, definindo as condições, obrigações e prazos para a venda do imóvel. Oferece proteção legal e segurança para compradores e vendedores.
O contrato promissório de compra e venda é obrigatório em Portugal?
O Contrato Promissório não é obrigatório, mas é uma prática comum e recomendada em transações imobiliárias em Portugal. Fornece segurança jurídica e clareza para ambas as partes, reduzindo o risco de disputas e mal-entendidos.
Qual é o valor típico do sinal num contrato promissório?
O sinal, muitas vezes referido como “sinal,” geralmente é de cerca de 10% do preço de compra do imóvel. No entanto, este valor pode variar com base no acordo mútuo entre o comprador e o vendedor.
O que acontece se o comprador violar o contrato promissório?
O contrato normalmente inclui cláusulas que descrevem penalidades e consequências para o não cumprimento. Se o comprador não concluir a compra, pode perder o sinal.
Os termos do contrato promissório podem ser negociados e personalizados?
Sim, os termos e condições do Contrato Promissório podem ser negociados e personalizados para atender aos requisitos específicos da transação. É comum que compradores e vendedores trabalhem com profissionais jurídicos para garantir que o contrato esteja alinhado com as suas necessidades.
O que acontece se o vendedor violar o contrato promissório?
Se o vendedor não puder cumprir as suas obrigações, pode precisar devolver o sinal em dobro.
Quando ocorre a transferência formal da propriedade do imóvel em Portugal?
A transferência formal da propriedade do imóvel ocorre na data de conclusão, muitas vezes num cartório notarial, quando a escritura de venda final (Escritura) é executada.
O contrato promissório pode ser modificado após ser assinado?
O Contrato Promissório pode ser modificado ou alterado, mas quaisquer alterações devem ser feitas com o acordo mútuo do comprador e do vendedor e devem ser documentadas por escrito para garantir a transparência e a legalidade.
O que é o CPCV em Portugal?
No contexto de transações imobiliárias e de imóveis em Portugal, CPCV significa “Contrato de Promessa de Compra e Venda,” que se traduz em “Promessa de Contrato de Compra e Venda.” Isso é essencialmente o mesmo que o Contrato Promissório (Contrato Promessa de Compra e Venda) mencionado anteriormente. O CPCV descreve os termos e condições de uma venda de imóvel, servindo como um acordo preliminar legalmente vinculativo entre o comprador e o vendedor antes da escritura de venda final (Escritura) ser executada.
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